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29% dos consumidores usaram nome de terceiros para fazer compras
Para Aline Soaper, educadora financeira, o movimento pode ocasionar problemas junto às instituições financeiras.
A disponibilidade de crédito é um dos grandes desafios econômicos do país. O cenário se torna ainda mais desafiador diante da alta taxa de inadimplência entre os brasileiros. Nesse contexto, o novo levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, revelou que 29% dos consumidores fizeram compras com cheque, cartão de crédito, crediário, empréstimo ou financiamento utilizando o nome de outra pessoa. Para Aline Soaper, educadora financeira, o ato de compaixão pode gerar uma grande dor de cabeça para muitos brasileiros, sendo necessário ter um cuidado redobrado antes de assumir compromissos financeiros em nome de terceiros.
"Nos últimos meses, as instituições financeiras e os órgãos reguladores intensificaram a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo compras realizadas com cartões de crédito. O objetivo é combater fraudes, sonegação fiscal e outros tipos de irregularidades. No entanto, essa maior vigilância traz riscos para quem empresta o cartão a terceiros", explica Aline. A educadora financeira também ressalta que quando o cartão é emprestado para terceiros, as compras feitas por outra pessoa aparecem como se fossem suas. Isso significa que, se houver alguma suspeita de movimentação financeira inadequada, é você quem terá que prestar esclarecimentos.
O estudo detalhou que entre os brasileiros que usaram nome de terceiros para realizar compras, 21% utilizaram o cartão de crédito, 4% usufruíram de empréstimos ou o crediário, enquanto 3% optaram pelo cheque. Entre as justificativas para esse movimento, 24% dos consumidores justificaram estouro no limite do cartão de crédito e/ou cheque especial, 24% também afirmaram nunca terem tentado o acesso ao crédito, já 18% não conseguiram aprovação ao crédito.
"Emprestar o cartão de crédito pode parecer um gesto de boa vontade, mas os efeitos podem ser graves, principalmente com o aumento do controle sobre as movimentações financeiras. Antes de tomar essa decisão, é importante ter em mente que há consequências legais e financeiras. Por exemplo, se o amigo ou parente que usou o cartão não pagar a fatura, você será o único responsável pelo pagamento. Isso pode comprometer sua saúde financeira e, em casos mais graves, manchar seu nome junto às instituições de crédito", aponta Aline.
O estudo revela ainda que, na hora de pedir o nome emprestado, as pessoas mais procuradas são aquelas que estão no círculo de convivência. Na primeira opção estão os cônjuges (26%), em seguida irmãos (18%) e pais (18%), logo após vem os amigos e outros familiares (17%).
"Caso as transações sejam questionadas pelo banco ou pelas autoridades, você precisará provar que as compras não foram feitas por você. Dependendo do caso, isso pode gerar um processo investigativo, mesmo que não tenha havido má intenção. Outro perigo é o comprometimento do crédito, isso porque dívidas não pagas ou atrasos causados por terceiros podem diminuir o score de crédito, dificultando futuros financiamentos, empréstimos ou até mesmo a aprovação de outros cartões", alerta a educadora financeira.
O estudo também traçou os argumentos de convencimento mais utilizados por quem pede o nome emprestado: 5% disseram que precisavam fazer o supermercado; 18% afirmaram que precisam pagar uma dívida; 17% informaram que precisam comprar coisas para o filho(a); e 15% buscam comprar presentes em data especial.
"Uma das formas de evitar esse tipo de problema é incentivar a educação financeira entre amigos e familiares, ajudando-os a organizar suas finanças e evitar depender de terceiros. A proteção de dados também é essencial para que essa dor de cabeça não aconteça. Não compartilhe informações sensíveis, como a senha ou o código de segurança do cartão, com ninguém. Sabemos que muitos familiares podem estar em uma situação vulnerável, mas opte por oferecer outro tipo de apoio, como um empréstimo de valor específico, em vez de ceder o cartão de crédito", recomenda Aline.
Sobre Aline Soaper:
Aline Soaper é fundadora do Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal, uma referência global em educação financeira que já impactou mais de 10 mil alunos em mais de 20 países. Advogada com especialização em Direção e Orientação Educacional, Aline começou sua jornada empreendedora aos 17 anos e, desde 2015, atua como educadora financeira e formadora de especialistas na área. Em 2023, expandiu seu impacto ao ingressar no mercado de franquias com as redes Efinckids, voltada para educação financeira infantil, e Health Money, focada na gestão estratégica e financeira de pequenas e médias empresas. Aline é reconhecida por transformar vidas através de uma abordagem prática e inspiradora sobre gestão de dinheiro e investimentos.
Redes sociais:
Instagram: @alinesoaper
Facebook: facebook.com/alinesoaper
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