Dia da Consciência Negra no Amapá
Com o tema “O Tambor Que Nos Une”, o estado celebra o Mês da Consciência Negra com oficinas, rituais tradicionais, encontros religiosos no 30º Encontro dos Tambores.
Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra representa um marco na valorização da identidade afro-brasileira, da luta por igualdade e da preservação de memórias ancestrais. A data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra contra a escravidão e figura central na luta por liberdade no Brasil colonial.
No Amapá, porém, a celebração se expande: todo o mês de novembro é dedicado a atividades culturais e reflexões sobre a história e as contribuições do povo negro, consolidando uma das programações mais expressivas do país ligadas ao tema.
Dia da Consciência Negra no Brasil
A data de 20 de novembro foi escolhida por marcar a morte de Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1695. Líder do Quilombo dos Palmares — a maior comunidade de resistência negra das Américas — Zumbi se tornou símbolo da luta contra a opressão e da defesa da liberdade.
A trajetória até o reconhecimento oficial da data ocorreu em etapas:
1978: o Movimento Negro Unificado propôs a criação da data como contraponto ao 13 de maio, considerado insuficiente para representar de forma crítica o processo de abolição.
2011: o Dia da Consciência Negra foi instituído nacionalmente pela Lei nº 12.519.
Apesar da lei, o feriado depende da legislação de cada estado e município. Em várias cidades brasileiras, como Macapá, a data é oficialmente feriado.
A criação da data responde à necessidade de reconhecer desigualdades históricas, reforçar políticas de reparação e promover a valorização da cultura afro-brasileira.
Por que a data é importante?
O Dia da Consciência Negra não é apenas uma celebração cultural — é um marco político, social e educativo. Entre seus objetivos estão:
Refletir sobre o racismo estrutural ainda presente no país;
Valorizar as contribuições africanas e afro-brasileiras na formação cultural, religiosa, linguística e gastronômica do Brasil;
Fortalecer políticas de inclusão e igualdade racial;
Promover debates em escolas, universidades e espaços públicos sobre identidade e ancestralidade.
A data estimula o resgate de histórias apagadas e reforça memórias que moldaram a sociedade brasileira.
No Amapá, o mês de novembro se transforma em uma imersão cultural. Em diferentes pontos do estado, grupos, coletivos e organizações realizam debates, rodas de conversa, oficinas, apresentações artísticas e celebrações religiosas.
As programações incluem:
Grupos de marabaixo e batuque;
Danças tradicionais amapaenses de matriz africana;
Oficinas sobre estética afro, turbantes, artesanato e ritmos;
Palestras sobre ancestralidade e movimentos afro-amapaenses;
Mostras culturais, musicais e gastronômicas.
O Estado é reconhecido nacionalmente pela força dos movimentos culturais negros, que têm papel fundamental na manutenção da herança afro-amapaense.
Entre os principais destaques da programação está o 30º Encontro dos Tambores, que acontece de 15 a 26 de novembro de 2025. O evento reúne grupos de batuque, marabaixo, comunidades religiosas, guardas de santo, coletivos culturais e mestres da tradição oral.
Este ano, o tema “O Tambor Que Nos Une” reforça o papel simbólico do tambor como elemento agregador, espiritual e identitário.
A programação
Apresentações de grupos tradicionais afro-amapaenses;
Celebrações religiosas que unem fé, memória e resistência;
Rodas de conversa sobre políticas de igualdade racial;
Atividades educativas para escolas e comunidades;
Ações que valorizam a presença e influência africana no estado.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
30º Encontro dos Tambores: Marabaixo, batuque e tradições afro no Amapá
O evento tem como principal palco o Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, localizado no bairro do Laguinho, em Macapá — território de grande importância histórica e cultural para a comunidade afrodescendente do Amapá.
Ao longo das décadas, o Encontro dos Tambores se consolidou como um espaço de fortalecimento cultural e religioso, reunindo:
Mestres da tradição;
Jovens artistas;
Líderes comunitários;
Movimentos sociais;
Pesquisadores da cultura afro-amapaense.
O evento é considerado um dos maiores encontros de matriz africana do Brasil, reafirmando a riqueza das tradições negras e o papel do Amapá como guardião dessas expressões.
O Dia da Consciência Negra é um convite ao reconhecimento, ao diálogo e à reparação histórica.
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