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Após 11 anos, a Petrobras poderá explorar petróleo no Amapá. Enquanto ambientalistas sonham, o Brasil precisa de realismo, não de utopia. (Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras)
 Menos ambientalismo woke, e mais petróleo
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Menos ambientalismo woke, e mais petróleo

Após 11 anos de burocracia, ineficiência e proselitismo ideológico, finalmente a Petrobras poderá explorar petróleo na costa do Amapá, na margem equatorial. Se confirmadas as previsões, a produção de petróleo na região poderá render ao país R$ 1 trilhão. A quantia, se bem utilizada, poderá melhorar a educação básica, a saúde e o saneamento, principalmente na região Norte do país, assolada pela pobreza. 


Apesar do potencial de redução da pobreza, os ambientalistas se opuseram ao aval do Ibama. Alegam que a permissão representa um retrocesso ambiental, ainda mais às vésperas da COP 30, que ocorrerá em Belém, no dia 10 de novembro. 


O problema é que os ambientalistas discutem o meio ambiente sob uma perspectiva idealizada, e não real. 


O fato é que a proibição da utilização de petróleo, carvão e gás natural não muda a realidade: o mundo ainda é extremamente dependente de combustíveis fósseis. 


Enganam-se aqueles que acreditam que a dependência de combustíveis fósseis é apenas para transporte. Antes fosse, mas o buraco é muito mais embaixo. A não utilização de combustíveis fósseis significaria a morte de milhares de pessoas por fome no mundo. 


A agricultura é extremamente dependente de gás natural e petróleo. Por exemplo, máquinas agrícolas pesadas e tratores utilizam diesel. Infelizmente, não existem tratores, caminhões ou colheitadeiras elétricos. Além do maquinário pesado, a agricultura depende essencialmente de gás natural, matéria-prima para a produção de fertilizantes em larga escala. 


É exatamente esse o ponto que a turma da “pegada ambiental” não entende: a agricultura familiar e a produção orgânica não são capazes de alimentar a maioria da população mundial. 


Entendem o mundo sob uma perspectiva idealizada e romântica, sem responder a uma simples pergunta: como alimentar 8 bilhões de pessoas sem fertilizantes, tratores e máquinas agrícolas? 


Mas o problema não se limita apenas à agricultura. A produção de aço é dependente de combustíveis fósseis, pois é necessário queimar o minério de ferro em fornos de alta temperatura, que utilizam carvão. Alguém consegue imaginar um mundo sem aço? O aço está presente em quase tudo na nossa vida: eletrodomésticos, carros, aviões, ferrovias, prédios, pontes etc. 


Se, sem aço, já é difícil, imagine um mundo sem concreto. Para fazer o cimento, é necessário queimar a mistura de calcário e argila em fornos de alta temperatura, que utilizam carvão. Sem combustíveis fósseis, não existiriam edificações como casas, apartamentos e hospitais. 


É verdade que até existem fornos elétricos para o aquecimento de processos industriais. Entretanto, eles não são economicamente viáveis, tornando a produção de aço e concreto em larga escala impossível. 


Além desses materiais, outro componente vital para a humanidade é o plástico, derivado de combustíveis fósseis (petróleo). Quando se pensa em plástico, não se trata apenas do canudinho do refrigerante, mas de produtos eletrônicos, hospitalares, cápsulas de remédios e meios de transporte. 


Para finalizar — e não menos importante —, o transporte marítimo e aéreo, que permite o comércio de alimentos, medicamentos, vestuário, eletrônicos etc. entre as nações, também se torna inviável sem petróleo. Turismo? Pode esquecer também. 


O fato de os ambientalistas desejarem um mundo sem combustíveis fósseis não significa que a vontade se torne realidade. Infelizmente, o mundo é do jeito que é, e não da maneira que idealizamos. Acabar com os combustíveis fósseis é voltar à Idade da Pedra. O problema é que todo mundo quer voltar para a natureza, mas ninguém quer ir a pé. 

 

Fonte: Gazeta do Povo  



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by Robert Smith